sábado, 26 de fevereiro de 2011

A fragilidade humana

Nós seres humanos, a máquina mais perfeita construída por Deus, a mesma perfeição que se traduz em veias sanguíneas, musculos que se movem transbordando a imensa fragilidade de viver. Seres que choram, que caem, que sentem dor,  que se desesperam, que sofrem por causa de um outro ser... talvez perdido ou nunca conquistado. Não aceitam as derrotas, mais também não conseguem enchergar os ganhos, por causa das lágrimas que inundam os seus olhos.
A fragilidade oculta na multidão que pulsa, grita, esperneia e se mostra... traz no seu espelho que sentimos falta do outro alguém, que precisamos de pilares fortes o suficientes para nos manter de pé. Ah, a fragilidade a vulnerabilidade aumantam com a perda desse pilar. Não se sabe explicar, não se sabe dizer, só se sabe sentir doer e ver o quanto somos fracos e nos deixamos abater pela saudade que ainda não chegou, mais que anunciou que vai chegar logo, logo.
Somos tão fragéis e complexos que vemos o fim da vida com a dor à flor da pele, não aguentamos aceitar que a ausencia se tornará mais que presente, não conseguimos respirar, o ar escapa, a garganta seca, não ha palavras, só a choro e choro,  ja não mais, vida. Seres humanos, seres mutantes, seres setimentos, seres filamentos quebradiços que não enchegam que da fragilidade surge a força de dar o primeiro passo diante dos seus pedaços de instabilidade.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A lágrima e a face


Aquele fim de tarde, algo resolveu me tocar, algo que me acompanha a algum tempo, mais de outra forma e com outra intensidade. Quando a senti, pensei que não viria sozinha, pensei que haveria soluços, enchaços nos olhos e mão sendo levadas ao rosto, mais não. Ali, uma lágrima, só uma lágrima resolveu beijar a minha face. Em seguida fitei o mar, o vai e vem das ondas com o soprar do vento, e não me conformei com a cor escura q vinha do mar, o azul esverdeado tinha sumido junto com o sol, mais logo veio uma faísca de alegria, a lua viria com as suas estrelas me fazer sorrir. Ligeiramente olhei o céu, mais não vi nenhuma estrela, meus olhos se encheram de lágrimas, mas nenhuma se ousou a descer pelo meu rosto, continuei a olhar o céu, só que dessa vez procurando a minha lua, a quase mesma lua que me olhava todo dia... mais ela também não quis me tocar com o seu brilho, sua paz, seu encanto. Me vi ali, só, sem meus protetores, sem meus encantamentos diarios, sem meus seres distantes. Mais que me acolhem como ninguém, que me escutam quando não posso soltar uma palavra. Olhando por outro lado, eu até entendo meus seres distantes, naquele momento era o que me cabia. Naquela noite só uma lágrima resolveu beijar a minha face, só ela quis me reconfortar naquele fim de tarde, em que o céu pulsou as cores que pulsavam ocultas em mim... 

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Nosso Altar Particular





Há quem decore a vida na ponta da língua, outros rabiscam o próximo passo na ponta do acaso
Aqui, nessa estação, onde um outono instrumental inspira a queda das palavras, minha força escorre poemas pelo cedro desse palco, assim como meus pés cravam a fidelidade aos sonhos desses guris atrevidos que aqui brotarão virtuosos, aguerridos com seus estilingues de cordas vocais de nylon e de aço, apedrejando a covardia dos homens secretos a si.
Fábula em partituras da Gata de Botas! Maria e seus Joões cantam o caminho de volta para o íntimo, hasteiam leves uma bandeira toda bordada de mocidade, doces rendas melódicas, ponto a ponto terras descobertas, a cada acorde um ensaio para acordar um moço jeito de existir. Sem a intenção de trocar de mundo, apenas unir quem não coube em sua acidez.
Inventemos aqui, nesse solo fértil, veraneio da arte, palco do palhaço “ Randevu”, um baile de amigos em pleno velório do falecido monstro que cobria o horizonte de quem ama o que se pode ser. Aqui jazz uma solidão ignorante. Naufragam agora todas as farsas escritas pelo cão. Dionísio, arauto de tudo que se une fantasticamente, abre alas desse concerto para os desconcertados se banharem. A partir de hoje uma nau de solidão navegará aliviada dos apegos impossíveis, e uma nova geração desvendará a ilha daqueles que sonham antes de dormir.
Notas serão como uma leve pluma, lançadas ao vento com destino certo: afago no espírito, cócegas na alma, mimo na paz, inibir agonias, afrouxar todo o receio de ser devaneador. Na Rua do Acalanto, primeiro peito franco à direita, casa de janelas sempre abertas e dispostas ao novo, jardim de lindas rosas de espinhos prósperos, varanda ao infinito, mansão cor de legítimo coração, em frente ao público dessa nossa solidão. Ali a pena dançará e nenhuma câimbra na felicidade, nem faíscas de isolamento nos fará desistir de estarmos “todos juntos”.

( Caio Soh )

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Shhhhii!

 O silêncio sussurrou que quer gritar, berrar, algo que ele não consegue mais guardar pra sí.
Shhhhi! Cale -se! 
- O silêncio as vezes pode ser melhor do que muitas palavras que desejam se perder no vento.
- Melhor palavras perdidas ao vento, do que remoendo de tanto gritar aos murros dentro de mim, o seu silêncio. Faça a sua coragem crescer e querer vingar, preciso dela, para que essas palavras me deixem respirar mais aliviado e continuar passeando livremente pelos seus pensamentos.


Até onde sua fé pode te levar?
A fé de muitas pessoas pode leva- las até uma certa igreja, a fazer qualquer promessa, ou até a alguém... a aqueles que depositam a sua fé em uma simples fita. Fita essa, que vai além de qualquer sentimento que venha a morar dentro de alguém. Que seja louvadas as fitas do Senhor do Bonfim! Que leva um sorriso no rostos de muitos crentes, cristãos e pessoas normais comuns, que so lembram que a fé existe na hora do aperto, da necessidade ou da dor...
Fé maior essa, que é representada na lavagem da escadarias da Igreja do Bonfim, que estende um tapete branco de África, atabaques, vozes, pés, alfazemas, jarros e flores do comércio ate a Colina Sagrada.
Viva as fitas do Bonfim, afinal elas representam, algo mais que "ladeira, igreja, fita, patuá!"

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

De Ontem Em Diante


'De ontem em diante serei o que sou no instante agora
Onde ontem, hoje e amanhã são a mesma coisa
Sem a idéia ilusória de que o dia, a noite e a madrugada 
são coisas distintas
Separadas pelo canto de um galo velho
Eu apóstolo contigo que não sabes do evangelho
Do versículo e da profecia
Quem surgiu primeiro? o antes, o outrora, a noite ou o dia?
Minha vida inteira é meu dia inteiro
Meus dilúvios imaginários ainda faço no chuveiro!'

( O Teatro Mágico )

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Devaneios de Dona S .

O capricho da imaginação dela resolveu gritar para as pessoas que estão ao seu redor a sua louca vontade...
De se perder e se banhar em um corpo alheio entre beijos, mãos, pernas, pele e suor. Que vontade súbita essa, que corroe Dona S.  e a faz ter alucinações, sonhos, desejos... que a levam para outra dimensão onde só ela e seu inenarravel desejo cabem.
Dona S. resolveu por agora se trancar na sua transcedência e levar o outro ser tão desejado consigo. Boa sorte S.! que a sua fantasia, percorra o mais prazeroso caminho da realidade plena.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Tempo, tempo...


As vezes o tempo resolve andar em um ritmo extremamente frenético, agúçado, ligeiro...  A dias que ele prefere apenas caminhar com o soprar da brisa leve, leve, leve. Ah quem diga, que o tempo é o senhor de tudo, á quem se nomeie senhor do seu próprio tempo. Tsc, tsc, são um bando de desvairados, que cospem ao relento loucuras e besteiras, tentando encaixar tudo no seu devido lugar... querendo por tudo no lugar que lhe cabe por direito.
O mestre diz que tem hora pra tudo e que tudo também tem seu tempo, tempo de falar, sentir, chorar e sorrir. Talvez esse certo tempo venha a lhe apontar que nessa fração de segundos, é a sua hora de se encaixar naquele espacinho que você tanto quis ter.
Tempo, tempo, tempo... o que nos cabe é esperar e quem sabe, um dia, fazer o nosso tempo parar quando a nossa musica preferida tocar, quando aquele alguem especial ligar ou estiver ao nosso lado. Mais como parar o tempo se " o tempo não para"... ?!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um bom começo

E tudo tem que começar a partir de alguma coisa ou de algum porque. É, as coisa são assim, existem aquelas que surgem do nada, sem a menor finalidade, mais que precisam existir.
Pretendo começar, tentando ser e demonstar um pouco da metade daquilo que sinto, tentando dizer o que as vezes não tenho coragem de dizer. Um comço de um bom abrigo.