quarta-feira, 29 de junho de 2011

Arrumando o guarda roupa

Com o passar do tempo acabei guardando coisas que não tem nenhum valor ou até mesmo, nenhuma serventia. A ficha caiu e, é chegada a hora de arrumar o meu guarda roupa.
Não sei porque, mais guardo alguns rostos, alguns sorrisos, alguns abraços, algumas conversas e até mesmo alguns perfumes... mais não conseguia ver que eles não serviam mais para nada, mas mesmo assim eu os guardava...
Quando abri a porta pra tentar pegar alguma roupa ou resgatar um sorriso antigo, deu vontade de correr quando aquela montanha de coisa começou a cair sobre mim, mais não deu tempo e acabei soterrada, com coisas velhas, com coisas novas, com coisas medianas...
sentei e comecei a olhar tudo que estava ali, roupas pequenas, nomes, ruas, paixões, decepções, sorrisos, algumas ilusões, pizzas e sorvete. Percebi que a maioria das coisas que eu guardei estavam gastas, não tinha mais espaço pra guardar tudo aquilo dentro de mim, meu coração já estava transbordando.
Joguei a maioria fora, fique só com o que me era necessário por agora e, que eu pretendo levar comigo por mais alguns anos. Fui ás compras. Comprei e conquistei novos rostos, novos sorrisos, novos abraços, novas conversas, novos horizontes, novas paixões, novos beijos, novos sabores e... novos sentimentos. Parece que tomei um banho de chuva daqueles que, parece que lava a alma por completo, me sentir bem, me senti livre de tudo aquilo que estava me atrasando. Agora tem espaço na casa e no coração. Podem entrar!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um porto de lua


Enquanto eu finjo que sou forte, me perco, fico sem rumo, acho que tudo perdeu o sentido, eis que você surge, assim meio que do nada, sem que eu perceba... me deixa meio que, desorientada, perplexa, imóvel. Ali, encantada com seu brilho, nem vejo o tempo passar, tudo ao meu redor perde o sentido. Só existe a sua presença e a de mais ninguém. Acho que é o jeito que eu te olho, ou o jeito que você retribui o meu olhar... conversamos sem trocar uma palavra sequer. 
  Você é um porto tão aconchegante pra mim, sempre que vejo que minha canoa vai furar ou virar, remo com todas as minhas forças até a ti, como sempre... a canoa é pequena, mais cabe tanta gente que não posso me deixar afogar dentro dos outros ou dentro de mim mesma. Tenho que remar. Mesmo que só, mais remo e não posso deixar ela virar...
Estrela mais encantada do meu céu. - cuida de mim enquanto eu não me esqueço de você, cuida de mim enquanto eu finjo que sou quem eu queria ser. Cuida de mim enquanto eu não me esqueço de você, cuida de mim enquanto eu finjo, enquanto eu finjo, enquanto eu fujo.

domingo, 5 de junho de 2011

conversa de ombro...

Não sei mais pra que lado correr, quanto mais chego perto, mais fico distante...
Já ta perdendo a graça, nunca ouve graça na verdade. Só não sei o que ainda me prende aqui.
- Medo?!
- Talvez...
- Mais medo de que?! Logo você que é tão segura de sí.
- Medo de perder tudo, embaixo da capa de segurança, a uma menina indefesa, que chora e que sente dor.
- Segura minha mão, me deixa te levar...
- Me levar pra onde?! Eu não consigo me livrar disso!
- Você quer sair disso?
- Não sei, talvez eu queira, mais não sei quando e nem como, mais também não quero ficar. No lugar da sua mão, você pode me oferecer seu ombro?!
- Porque meu ombro, se minha mão pode te carregar?!
- Por que seu ombro é amigo e é ele que da força a tua mão!
"E você se apóia em mim, me disponho a você e a gente se protege"