segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A lágrima e a face


Aquele fim de tarde, algo resolveu me tocar, algo que me acompanha a algum tempo, mais de outra forma e com outra intensidade. Quando a senti, pensei que não viria sozinha, pensei que haveria soluços, enchaços nos olhos e mão sendo levadas ao rosto, mais não. Ali, uma lágrima, só uma lágrima resolveu beijar a minha face. Em seguida fitei o mar, o vai e vem das ondas com o soprar do vento, e não me conformei com a cor escura q vinha do mar, o azul esverdeado tinha sumido junto com o sol, mais logo veio uma faísca de alegria, a lua viria com as suas estrelas me fazer sorrir. Ligeiramente olhei o céu, mais não vi nenhuma estrela, meus olhos se encheram de lágrimas, mas nenhuma se ousou a descer pelo meu rosto, continuei a olhar o céu, só que dessa vez procurando a minha lua, a quase mesma lua que me olhava todo dia... mais ela também não quis me tocar com o seu brilho, sua paz, seu encanto. Me vi ali, só, sem meus protetores, sem meus encantamentos diarios, sem meus seres distantes. Mais que me acolhem como ninguém, que me escutam quando não posso soltar uma palavra. Olhando por outro lado, eu até entendo meus seres distantes, naquele momento era o que me cabia. Naquela noite só uma lágrima resolveu beijar a minha face, só ela quis me reconfortar naquele fim de tarde, em que o céu pulsou as cores que pulsavam ocultas em mim... 

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